
Somente à título de esclarecimento, este poema foi feito mais ou menos em maio/junho de 2006 (não tenho certeza), em um período de auto-afirmação e descobrimento, aqueles em acontecem tantas coisas que já não se sabe mais o que pensar e fica tudo muito confuso... Mas eu o considero a minha obra prima!!! (rsrs)
Quietude
Não sei o que me impele a escrever
Talvez tua mão sedenta...
Não sei o que em mim me faz morrer
Talvez a tua voz rouca e lenta...
Não sei o que em mim já se foi
nem menos o que de mim ficou
Não sei o que me corta, machuca e destrói
nem ao menos o que me curou
Seja o ar, seja a luz sejas tu,
Aquilo que me embriaga e me aquece,
ou o que se inquieta quando se esquece...
Não vou fingir calando tudo
Nem afirmar dizendo nada
Pois sou a Luz, tua cruz, a espada, teu futuro
Não te responderei ao que me indagas
Nem te indagarei respostas vagas
Serei apenas mais um perdido
No horizonte incomprimidodos teus sonhos...
Meus céus risonhos...
Não te importes com estas maluquices,
Só que queria que ao me olhar, tu visses
o quanto te ama este coração triste
Porque apenas uma vez ele viveu
Não sei como, jamais esmoreceu
E não sei quem de mim é mais eu,
Se a noite iluminada,
Se o dia nublado...
Não sei quem de mim mais te amou,
Se a que era antes, passado
Se a que é agora, vivivficado
E não sei o que mais me tortura
Se tua presença distante,
Se tua ausência tão presente...
Vive em mim uma ânsia voraz,
inquieta, firme, clara e mordaz
Que me guia e me consome
ao pronunciar de um simples nome
E quando acordo deste sonho de viver
Vejo que - mesmo sem perceber -
Não sei o que em mim me faz morrer...
Marina Lima