quinta-feira, 24 de julho de 2008


Somente à título de esclarecimento, este poema foi feito mais ou menos em maio/junho de 2006 (não tenho certeza), em um período de auto-afirmação e descobrimento, aqueles em acontecem tantas coisas que já não se sabe mais o que pensar e fica tudo muito confuso... Mas eu o considero a minha obra prima!!! (rsrs)


Quietude


Não sei o que me impele a escrever

Talvez tua mão sedenta...

Não sei o que em mim me faz morrer

Talvez a tua voz rouca e lenta...

Não sei o que em mim já se foi

nem menos o que de mim ficou

Não sei o que me corta, machuca e destrói

nem ao menos o que me curou

Seja o ar, seja a luz sejas tu,

Aquilo que me embriaga e me aquece,

ou o que se inquieta quando se esquece...

Não vou fingir calando tudo

Nem afirmar dizendo nada

Pois sou a Luz, tua cruz, a espada, teu futuro

Não te responderei ao que me indagas

Nem te indagarei respostas vagas

Serei apenas mais um perdido

No horizonte incomprimidodos teus sonhos...

Meus céus risonhos...

Não te importes com estas maluquices,

Só que queria que ao me olhar, tu visses

o quanto te ama este coração triste

Porque apenas uma vez ele viveu

Não sei como, jamais esmoreceu

E não sei quem de mim é mais eu,

Se a noite iluminada,

Se o dia nublado...

Não sei quem de mim mais te amou,

Se a que era antes, passado

Se a que é agora, vivivficado

E não sei o que mais me tortura

Se tua presença distante,

Se tua ausência tão presente...

Vive em mim uma ânsia voraz,

inquieta, firme, clara e mordaz

Que me guia e me consome

ao pronunciar de um simples nome

E quando acordo deste sonho de viver

Vejo que - mesmo sem perceber -

Não sei o que em mim me faz morrer...

Marina Lima